quinta-feira, 8 de maio de 2014

Behar - Bechucotai

Titulo: Finalizando o 3º livro da Torá

Proposta de versículos para adultos: Vaicrá (Levitico) Capítulo 25
Personagens: Aaron
Materiais: Um bonequinho para ser Aaron, algo que possa ser o shofar, um Tanach ou livro que use como a Torá.
Resumo:
Olá amiguinhos, como estão? Eu sou Aaron e estou muito contente de me reencontrar com vocês nesse Shabat. Para mim e para toda a minha família, a dos Cohanim este Shabat é muito especial e vou contar para vocês o porque.
A Torá, esse livro que tenho aqui, tem dentro dela 5 livros, é como... Já viram um jornal, que muitas vezes vem com muitas partes dentro e todos os domingos o papai lê uma parte, enquanto a mamãe vai lendo outra e inclusive tem algumas partes (como a de carros e outras de coisas de supermercado) que dão para que as crianças mais novas possam se divertir um pouco. Então, assim a Torá tem dentro dela cinco livros, vamos contar juntos? Um, dois, três, quatro, cinco.
Hoje, nesse Shabat estamos terminando o livro numero três e como já contei para vocês esse livro conta com muitos detalhes tudo o que eu e minha família temos que fazer representando todo o povo e como estamos finalizando a leitura desse livro estamos muito contentes, porque aprendemos muito e estamos maiores e prontos para começar o próximo livro... Mas antes eu vou contar uma coisa que está escrito no final desse livro que estamos terminando hoje.
A Torá nos conta que no monte Sinai Deus nos disse e ensinou sobre a importância do dia de Shabat, em poder fazer nesse dia atividades que nos gostamos muito: estar com a família, brincar, usar roupas bonitas que gostamos, comer uma comida diferente e muito gostosa, brincar com os amigos no Shabat e com a comunidade.
Assim contamos 6 dias na semana onde vamos para a escola, brincamos, aprendemos, fazemos esportes, música e muitas outras coisas, então chega o esperado dia de Shabat e nós descansamos, a Torá nos ensina que a terra também precisa descansar. Durante 6 anos podemos plantar, colocar água com muito amor e cuidar muito da terra até que ela nos dê seus frutos, porem quando chega o ano de numero 7 (assim como quando chega o dia 7, que é Shabat), se escuta o som do shofar bem forte que nos diz: “Esse é o ano de numero 7, Shnat Hashabaton, o momento de deixar que a terra também descanse”
Moral da história: Aprendemos que é importante respeitar os momentos de descanso de todo mundo, os nossos, o do papai, da mamãe, dos irmãos, amigos e também da natureza.
Refletindo: Por que os supostos castigos para as ações, na torá, estão escritos no plural? É possível fazer alguma coisa sem influenciar ninguém? Todas as nossas ações tem efeito no outro? Sempre sabemos como estamos influenciando os outros? Por que existem regras? Por que algumas ações são consideradas boas e outras ruins? Será que os castigos para as coisas “ruins” que fazemos vêm de Deus ou é uma consequência de nossas próprias ações?
Material Associado: “Quadrilha” Carlos Drummond de Andrade (Poema), QuaseDois Irmãos (filme), Chico Buarque de Hollanda “Partido Alto”.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Emor

Título: Tempo de celebrar
Proposta de versículos para adultos: Vaicrá (Levitico) – Capitulo 23
Personagens: Moshé
Materiais: Um bonequinho para Moshé, revistas, elementos para celebrar as 3 festas de peregrinação: Pessach (algo para fazer de keara e como matza), Shavuot (algo que possa representar a Torá) e Sucot (algo que sirva como sucá (cabana) e um shofar e uma maçã com mel para representar Rosh Hashaná.
Resumo: Oi amiguinhos, como estão? Estou muito feliz de me reencontrar com vocês esta semana. Na verdade sempre que começa o dia de Shabat eu fico muito contente, porque é um momento... Diferente, para brincar, descansar, estar com a familia e fazer coisas diferentes das que fazemos nos outros dias da semana.
Por exemplo: o que vocês fazem no dia do Shabat?
Uma das coisas que faço antes do Shabat é me preparar. Tomo um banho, coloco uma roupa muito bonita, passo perfume e vou com a minha família para a sinagoga receber o Shabat com toda a comunidade. Nesse dia tem uma comida especialmente gostosa em casa, tem um cheiro diferente, um gosto diferente... Até um pouquinho de vinho para as crianças no Kidush.
O Shabat é uma festa. Vocês gostam de festas? Consegue pensar em uma para me dar de exemplo?
Eu gosto muito de festas também, como festas de aniversários que sempre tem surpresas e coisas diferentes.
Agora que parei para pensar, em cada festa temos coisas diferentes, por exemplo, me ajudem a lembrar as coisas dos chaguim (festas)... Em Pessach: o que comemos? (Matzá) E o que temos na mesa? (uma keara com seus símbolos). Esta é a festa da liberdade, quando fomos libertados de Mitzraim (Egito)
Depois da festa de Pessach pegamos um calendário e contamos sete semanas até chegar em outra festa importante... Podem me ajudar a contar até 7? Um, dois, três... Sete semanas depois de Pessach tem a festa de Shavuot. Neste chag comemoramos que nos deram a Tora, esse sim que foi um momento muito especial, estávamos todos contentes, cantávamos e dançávamos. A Tora tem muitas historias para que juntos possamos crescer e aprender.
Outro momento que eu gosto muito é o Chag que se chama Sucot, é muito boa porque entramos na Sucá... É como quando entramos no parquinho ou em um teatro. Recordamos a forma que vivíamos quando estávamos no deserto.
E por ultimo queria contar para vocês dos dias de Rosh Hashana. Sabem o que escutamos? (O Shofar). E o que comemos? (Maçã com mel) E o que desejamos? (Um ano doce).
Agora vou contar um segredo para vocês: de todas as festas, a que eu mais gosto é o Shabat, porque é a que acontece mais vezes, todas as semanas podemos comemorar. Assim, vamos continuar festejando! E Shabat Shalom.

Moral da História: O Shabat nos ensina a celebrar.
Refletindo: O que fazemos enquanto esperamos? Por que temos que saber esperar? O que significa saber esperar?
Material Associado: A dança final - Plínio Marcos (Teatro)

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Acharei Mot - Kedoshim

Título: Explicando os 10 mandamentos
Proposta de Versiculos para adultos: Vaicrá (Levitico) – Capitulos 19 e 20
Personagens: Moshé e Aaron
Materiais: 1 bonequinho para cada personagem e mais dois bonequinhos para representar o que eles explicam
Resumo:
(Observação para os adultos: Moshé e Aaron irão explicando alguma das coisas que aparecem na parashá, em forma de um dialogo).
Moshé: Olá amiguinhos, eu sou Moshé! Estou muito feliz de me reencontrar com vocês, já fazia algum tempo que não nos víamos... Neste livro da Torá que estamos lendo, os protagonistas, isto é os principais, que mais aparecem,  é meu irmão Aaron e seus filhos, mas por sorte, hoje eu estou aqui junto com ele.
Aaron: É bom que estamos juntos hoje, porque esta Hatzagat nos explica os 10 mandamentos de uma forma ainda mais clara. Depois do que nós dois vamos explicar, vamos todos saber um montão de coisas, como respeito, e o que significa se comportar bem. Vocês se comportam bem?
Moshé: Uma coisa que diz aqui é que devemos respeitar o papai e a mamãe.
Aaron: Ahhh, isso é sim muito importante! Respeita-los significa querer coisas boas para eles, ajudar com o que eles nos pedem, ajudar a guardar os brinquedos, a manter as coisas arrumadas... Respeitar significa que quando eles pedem pra gente lavar as mãos antes de comer, ou mesmo na hora de comer, e também quando devemos tomar banho, que a gente não fique demorando para ir e sim que a gente vai rapidinho... Eu me lembro quando era pequenino que eles me chamavam e eu ficava brincando mais um pouquinho com você, Moshé, mas em seguida íamos juntos lavar as mãos e sentar na mesa.
Moshé: Outra coisa importante que diz aqui é que não podemos falar mal de uma pessoa que não está escutando, como também não podemos colocar um obstáculo na frente de uma pessoa que não está enxergando.
Aaron: Mas que estranho o que a Torá diz... Quando andamos na rua não vemos pessoas colocando obstáculos para os amigos que não conseguem ver... O que será que a Torá está querendo dizer?
Moshé: Talvez o que nos queiram ensinar é que temos que ser cuidados para não deixar no meio do caminho coisas que outras pessoas, sem olhar direito, podem se machucar... Por exemplo, quando terminamos de brincar, temos que guardar os brinquedos, para que não fique tudo bagunçado e também porque é perigoso que alguém passe e tropeço no brinquedo que deixamos no chão.
Aaron: Ahhhh, que boa explicação... Por isso é muiiitoooo importante deixar tudo arrumado.
Moshé: Também diz aqui uma frase muito importante e foi com ela com um homem muito inteligente, um sábio chamado Hillel fez o resumo de toda a Torá.
Aaron: Toda a Torá em uma única frase? E que frase é essa?
Moshé: “Veahavta LeReacha Kamocha” – que quer dizer: “Ama a teu próximo como a ti mesmo”.
Aaron: Ahhh, me explica melhor, o que isso quer dizer?
Moshé: Quer dizer que como a gente gosta que nos tratem é a forma certa que devemos tratar aos outros, aos nossos amigos, com abraços, carinhos e beijos. Vou te ensinar uma musica que tem essas palavras: “Ama Rabi Akiva: Veahavta Lereachá Kamochá, Ze Klal Gadol Batora”
Moral da História: Ama a teu próximo como a ti mesmo.
Refletindo: Você sabe o que é Tabu? Consegue pensar em um exemplo? Como os tabus se criam? Qual a relação dos tabus com as proibições? E as diferenças? Como estes conceitos estão presentes em nossas vidas? Eles são naturais e próprios do ser humano ou são construídos pelas nossas vivências? Eles podem se transformar através destas vivências? Podemos questioná-los?
Material Associado: A Pele Que Habito, Tudo Sobre Minha Mãe, Má Educação e outros de Almodóvar.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Tazria – Metsorá

Título: Falar coisas boas
Proposta de versículos para adultos: Vaicrá (Levitico) 13:1-8
Personagens: Aharon
Material: Um bonequinho para ser Aharon, 3 pessoas do povo, objetos e brinquedos de médico.
Resumo: Oi, sou Aharon, irmão de Moshé! Nestas ultimas semanas nos vemos muitas vezes seguidas porque todo o livro que estamos lendo é conhecido por ter as instruções para nós, os Cohanim (sacerdotes).
                   Hoje vou contar para vocês sobre uma doença que existia no tempo da Torá. Hoje em dia – por sorte – já não existe mais, mas os Rabinos nos explicaram porque essa doença existia e acho que podemos aprender muito com essa história, querem que eu conte para vocês?
                   A doença tinha um nome muito diferente, se chamava Metsorá. Eram umas manchinhas na pele e cada vez que essas manchinhas apareciam a pessoa tinha que ir até o Cohen (sacerdote) para ele dizer se a mancha que apareceu era Metsorá ou uma outra coisa, depois disso tinha que esperar 7 dias, uma semana inteira, para ir de novo se consultar com o Cohen e ver se tinha melhorado… O Cohen era como um médico naquela época, todos se consultavam com ele.
                   Como contei para vocês, o mais interessante dessa doença foi o que nos ensinaram os rabinos, eles nos disseram que essa doença, a Metsorá só aparecia para quem fazia Lashon Hará. Lashin Hará é quando falamos mal de uma pessoa, ou então, mesmo que não falamos exatamente mal, dizemos coisas que ela não gostaria que outras pessoas soubessem ou falassem daquela forma, por exemplo quando contamos um segredo, ou quando gritamos, ou não pedimos “por favor”, ou ainda quando usamos palavras que não são bonitas.
                   Se a pessoa fazia Lashon Hará e tinha Metsorá, então tinha que ficar separada das outras pessoas para pensar, e depois de 7 dias o Cohen voltava e olhava se a pessoa já tinha melhorado. 
                   Por sorte essa doença já não existe mais, porém ainda é muito importante que a gente tenha muita atenção com a forma que falamos a coisas e o que falamos, para não fazer Lashon Hará e deixar as pessoas tristes.
Moral da História: É muito importante falar coisas boas com as pessoas.
Refletindo: O que é mais fácil: pedir ou agradecer? Temos o hábito de agradecer? Agradecemos mesmo sem ganhar nada? Quando o fazemos, é somente por educação ou estamos agradecendo de verdade? Pensamos sobre o agradecimento ou é algo automático?
 
Material Associado: Cazuza - Vida Fácil

quarta-feira, 19 de março de 2014

Shemini

Título: A alimentação
Proposta de versículos para adultos: Vaicrá (Levítico) capítulo 11
Personagens: Aaron
Material: Um bonequinho para Aaron, objetos de cozinha e comidas de brinquedo.
 
Resumo: Olá, Shabat Shalom! Como vocês estão? Eu sou Aaron, irmão de Moshé e estou muito feliz e contente que estamos nos reencontrando.
Hoje quería contar para vocês sobre a nossa alimentação, sobre o que comemos. Vocês já comeram?
Quero contar para vocês uma coisa que acontecia comigo quando eu era pequeno, e tenho certeza que acontece com todas as crianças.
Quando eu era pequenininho, antes de comer a deliciosa comida que estava pronta lá em casa, me dava uma super vontade de comer um doce, como uma bala, um chocolate, mas todos os adultos diziam “Não”, não importava se eu estava na minha casa, na casa de um parente, de um amigo ou em outro lugar, sempre diziam “Não”, que eu devia comer a comida e depois podia comer o que eu queria.
Com vocês isso também acontece?
Outra coisa que sempre acontecia, como sempre me ensinaram, quando eu estava com uma bala ou um chocolate, e durante um passeio encontrava um bebe, desses que ainda nem sabem andar, eu oferecia o meu doce, porque sempre dizem como é lindo dividir, mas os adultos me diziam “Nãooooooo, ele é muuuuuiiiitoooo pequeno, ainda não pode, o médico não deixa, senão vai ter dor de barriga.”
Já aconteceu assim alguma vez com vocês?
Mas que mundo é esse das comidas e da alimentação, não?! E esse mundo é muito importante, porque precisamos comer para crescer e continuar sempre aprendendo.
Por isso tudo, existem comidas que podemos comer e comidas que não, comidas que gostamos e comidas que não gostamos. Comidas que podemos comer juntas e outras que precisam ir separadas.
Os adultos dizem: “somos o que comemos”, isso quer dizer que se comemos direito, vamos poder crescer fortes e saudáveis.
E já que falamos de comidas, hoje me despeço de vocês dizendo: “Lechaim”
Moral da História: Somos o que comemos.
Refletindo: Se Deus fizesse a Cashrut hoje, quais seriam suas preocupações? Como nos alimentamos atualmente? O que interfere em nossa alimentação? Como mantermos os melhores hábitos para nós e para a sustentabilidade do mundo? Cashrut possui relação com a ecologia e o tikun olam?
Material Associado: Fome Come - Palavra Cantada